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Criação de gado e pastoreio

Consolidar a eficácia dos laboratórios veterinários

Os laboratórios veterinários estão no centro dos sistemas nacionais de controlo e prevenção de doenças dos animais. De facto, o laboratório é o ponto de partida para a investigação de doenças, fornecendo o primeiro elemento de decisão que é o diagnóstico seguro de casos de suspeições no terreno. Neste sentido, a qualidade da consideração das doenças (tratamento, vacinação ou profilaxia sanitária) depende estritamente dos resultados fornecidos pelo laboratório.

Conscientes deste desafio, a FAO e a AU-IBAR em particular têm vindo a apoiar há já alguns anos os laboratórios veterinários da região da Cedeao que fazem parte da RESOLAB. Este apoio resultou na erradicação da peste bovina.

Com a operacionalização do CRSA em 2018, a coordenação das ações e dos apoios à RESOLAB é inteiramente dedicada à mesma. É no âmbito desta coordenação que a problemática dos laboratórios foi amplamente discutida durante a 8ª RAHN. Com efeito, tratou-se principalmente de encontrar soluções para o transporte de amostras, séromonitoring pré e pós-vacinação, biossegurança, garantia de qualidade e testes interlaboratoriais e a resistência antimicrobiana, e este em relação às doenças animais prioritárias, tais como PPR, PPCB, raiva e febre aftosa.

Para a campanha 2022/2023, por exemplo, as recomendações para a Cedeao e seus parceiros vão, entre outras, no sentido de (i) facilitar a aquisição de reagentes e consumíveis, (ii) formar o pessoal e atualizar e calibrar os equipamentos, (iii) facilitar a formação do pessoal de laboratório para acreditação, (iv) criar um stock de emergência de equipamentos, reagentes e consumíveis para situações de crise, (v) dinamizar a rede e criar sub-redes por tipo de doença e (vi) incluir um programa de mentoria entre os laboratórios.

A longo prazo e no quadro da abordagem "Uma só Saúde", o planeamento dos apoios e a harmonização dos métodos devem ser feitos em colaboração com os outros setores chaves (saúde humana e saúde ambiental). Estes esforços de harmonização já iniciaram com a OOAS no âmbito dos apoios dos projetos REDISSE e PROALAB que auxiliam diretamente os dois laboratórios de suporte na Nigéria (NVRI) e no Senegal (LNERV).